domingo, 24 de julho de 2011

TANATOPRAXIA

 

 

 

Tanatopraxia


Tanatopraxia (do grego Tanathos = morte e Praxia = fazer, conseguir, praticar). É a prática de conservar o corpo, "pós-mortem", através de técnicas de injeção de líquidos específicos. Também é conhecida como a prática da restauração ou recomposição cadavérica, cuja finalidade é manter a aparência natural do corpo após a morte, semelhante a que ele apresentava em vida. Sua prática esta ligada a rituais funerários onde para os familiares ou grupo social importa a imagem do morto tal qual ele a tinha em vida. Atualmente existem diversas formas de estabilizar ou retardar a decomposição de matéria orgânica, cada uma com características especificas e com resultados diferenciados. São elas: Formolização, Embalsamamaento, Tanatopraxia e Mumificação.
Formolização: Método rudimentar, onde através da artéria femoral, junto ao triângulo de Scarpa, faz-se incisão de aproximadamente 10 cm, introduzindo através de gravidade cerca de 500 ml de formoldeido diluído em 50% de água por quilo corpóreo do cadáver neste processo o corpo fica com rigidez acentuada, coloração que varia do palha ao cinza nos locais mais próximos a área de injeção, é comum que haja dilatação abdominal uma vez que se introduz quantidade de líquidos no corpo. Tempo médio: 2 horas.
Embalsamamento: Processo utilizado para conservação mais prolongada, exigido em caso de translado Internacional, se utilizado formoldeido a aparência é muito próxima da Formolização, contudo a técnica é abertura da caixa craniana para retirada da massa encefálica, abertura da cavidade toraco-abdominal, com retirada desde a língua até o escroto, devendo ser dado destino aos órgãos e víceras, injeção por partes membros superiores braquial, inferiores femoral, face carótidas, ou injeção através do arco aortico e aorta abdominal; Nota: Por exigência a maioria dos paises não aceita concentração de formol superior a 5%, devendo conter amostra do liquido utilizado em frasco com 50 ml para analise, que deve ficar junto à urna. Tempo médio de preparação: 6 horas
Tanatopraxia: Método mais moderno de conservação no qual utiliza-se líquidos conservantes (concentrarão máxima do formol em 8%), injetados através de maquinas apropriadas, com regulagem de pressão e vazão. Isto é feito através de artérias junto ao triangulo de escarpa ou carótida, podendo ser feito multiponto conforme a necessidade de cada caso, em média se utiliza 8000 ml de liquido por corpo, ocorrendo a drenagem do sangue durante o processo de injeção. O cadáver fica com aparência saudável, coloração epidérmica rosada, sem marcas de “livores mortis”, ou seja, roxos nas extremidades e posterior abdominal, tecido epidérmico ganha espécie de celulite, há ganho de massa muscular, ficando pernas e braços mais grossos e flexíveis, boca e olhos fechados, posição do corpo normalmente reto. Abdome normal para negativo, devido à aspiração toraco-abdominal que retira sangue e gases, após este processo que utiliza a abertura de orifício ao lado do processo xifóide (umbigo) ainda há a introdução de cerca de 500 ml de liquido conservante neste local. Tempo médio de preparação: 2 horas
Tanatopraxia em corpos submetidos à necropsia Em corpos submetidos à necropsia é necessária a abertura craniana e coraco-abdominal, efetuar-se a evisceração, lavagem e embalagem das víceras e massa encefálica, a injeção Dar-se-a principalmente pelo arco aortico e aorta abdominal, podendo dependendo do caso ser multipontos. Não há aspiração toraco-abdominal nestes casos, não é possível fazer a injeção através do triangulo de escarpa devido a rompimentos que é o sistema circulatório, víceras e órgãos sofrem no exame necroscópico. Tanto o processo de Tanatopraxia quanto o de Formolização devem apresentar estas características na injeção, diferindo apenas aspectos de apresentação final na aparência do corpo. Deve ser notado sutura com espaçamento máximo de 0,5 cm entre pontos, a sutura do DML deve ser toda refeita, boca e olhos fechados, urna limpa e seca assim como o corpo. Tempo médio de preparação: 3 horas
Mumificação: Aceito apenas em casos onde o corpo esteja com sistema circulatório rompido pela degeneração, com mais de cinco dias de óbito ao tempo, este processo consiste em aberturas das cavidades cranianas, torácica e abdominal e posterior fechamento, evisceração e embalagem das víceras e órgãos e massa encefálica e recolocação destas no abdome, injeção epidérmica de aproximadamente 5 litros de produto conservante, em no mínimo 60 pontos distintos, com concentração do conservante superior a 10% e inferior a 15%. Em caso de Mumificação deverá o agente de fiscalização acompanhar o processo, de injeção multiponto epidérmico, mesmo que através de vídeo. Após este processo enrola-se o corpo em bandagem embebida em liquido conservante, podendo após este passar filme para garantir que o liquido não se perderá ou venha a sair da urna. Tempo médio de preparação: 5 horas

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