sábado, 2 de julho de 2011

FREDERICO BARBAROSSA

Frederico I da Germânia


(Waiblingen ou Ravensburg, 1122Cilícia, 1190) - também conhecido por Frederico Barba-roxa, Frederico Barbarossa (ou simplesmente o Barbarossa) e sob a forma aportuguesada de Frederico Barba-Ruiva - foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico (1152-1190), rei da Itália (1155-1190), e, com nome de Frederico III, duque da Suábia (1147-1152, 1167-1168). Pertencia à poderosa família dos Hohenstaufen (Staufen). O nome "Barbaroxa", forma aportuguesada do italiano "barbarossa" (isto é, barba ruiva) popularizou-se apesar de seu evidente despropósito, pois o significado original é "barba vermelha", devido à longa barba ruiva que ele usava.

 

 

 

 

Governo

O Sacro Império Romano-Germânico conheceu um momento de esplendor com Frederico I Barba-Ruiva, que conseguiu impor sua autoridade sobre o papado e assegurou a influência alemã na Europa ocidental. No século XIX, foi reconhecido como precursor da unidade do povo alemão.
Sucedeu ao seu pai Frederico II da Suábia no ducado da Suábia, quando este faleceu em 1147. À morte do seu tio, o imperador Conrado III, foi eleito rei da Alemanha em Frankfurt, no ano de 1152.
Era seu desejo restaurar as glórias do Império Romano, motivo pelo qual decidiu consolidar a posição imperial tanto na Germânia como na península Itálica. Inicialmente pretendeu pacificar o país para depois se concentrar na dominação germânica na Itália, para onde o imperador empreendeu numerosas expedições a fim de cumprir os seus objetivos.






Brasão da dinastia 
 
 
 
A pedido do Papa Adriano IV, foi para a Itália com o propósito de conquistar Roma, então em poder de Arnaldo da Brescia, que foi vencido e capturado. Frederico I foi proclamado, em Pavia, rei da Itália pelo papa em 1155. Desde o começo de seu reinado desafiou a autoridade papal e lutou para estabelecer o domínio germânico na Europa ocidental.
Depois de conquistar Milão, cujos governantes haviam tentado opor-se a ele, Frederico I convocou a Dieta de Roncaglia, para definir e consolidar a autoridade imperial na Lombardia. Entretanto, suas campanhas na Itália tiveram a oposição dos papas e das cidades italianas que tentou subjugar. Em 1159, apoiou a nomeação de um antipapa, Vítor IV, em oposição ao papa legítimo, Alexandre III, e três anos depois destruiu Milão. Constituíram-se então entre as cidades do papado a Liga Lombarda e a de Verona, com o propósito de defender-se contra o imperador.





Frederico I Barbarossa como um cruzado (iluminura do século XII).
 
 
 
 
 
Frederico lutou contra a Liga Lombarda, mas as cidades italianas aliaram-se ao Papa Alexandre III e em 1176 derrotaram o invasor em Legnano. Após a derrota na batalha de Legnano, Frederico I foi obrigado a reconhecer o papa Alexandre III as pretensões das vilas lombardas aliadas ao papado, além de assinar a paz de Veneza. Fracassaram assim suas tentativas de apoderar-se do norte da Itália, embora continuasse ameaçando os Estados Pontifícios nos domínios de Toscana, Spoleto e Ancona.
Embora o controle imperial na Itália tivesse chegado virtualmente ao fim com a derrota em Legnano, Frederico conseguiu aumentar seu prestígio na Europa Central. Fez da Polônia um Estado tributário do império, elevou a Boêmia à categoria de reino e transformou o margraviato da Áustria em ducado independente com caráter hereditário.
Frederico I tratou também de consolidar sua autoridade dentro da Alemanha, opondo-se ao poderio crescente dos príncipes de seu império. Em 1180, clero e nobreza o apoiaram na destituição de seu mais poderoso vassalo da Baviera e da Saxônia, Henrique o Leão, castigado por ter-se negado a ajudar na campanha italiana de 1176.
Depois de ter abdicado em favor de seu filho mais velho, Frederico empreendeu uma cruzada no Oriente após a tomada de Jerusalém por Saladino (a Terceira Cruzada). Morreu em 10 de junho de 1190, ao atravessar o Sélef (atual rio Göksu), na Anatólia

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